1+1=1
- Thais
- 2 de out. de 2016
- 3 min de leitura
Bom dia, cara leitora! Se você está imaginando a voz da Thaís narrando esse texto, muito bem... Você acertou! Voltei pra vocês cheias de graças, confesso que senti saudades haha.
Mas depois da participação sensacional do meu irmão de Comunidade Fábio, a qual quero aproveitar para agradecer, me cabe hoje organizar nossos pensamentos e tratar da complementariedade tão falada por nosso Emérito e querido Papa Bento XVI, pois já aprendemos bastante sobre o nosso ser mulher e com a ajuda do Fábio pudemos também conhecer um pouco do que é ser homem.
Assim, já devidamente apresentadas à essência de cada gênero, principalmente a nossa, vale a pena a reflexão de como Deus é perfeito, Ele criou homem e mulher, seres essencialmente diferentes, mas de uma maneira divina, complementares.
Deus nos fez inteiros, porém diferentes, falamos tanto disso já, mas será que já paramos para prestar atenção de verdade? Nós possuímos certas qualidades e da mesma maneira nos faltam tantas outras, e assim, divinamente, quando em contato com o outro gênero nos completamos, os gêneros se integram.
Sabiamente Jesus pediu para que o Homem e a Mulher deixasse seu pai e mãe para unir-se um ao outro, tornando-se um. Ou seja, para quem é bom em matemática, Jesus criou a seguinte fórmula:
HOMEM (1) + MULHER (1) = 1

Pois é, eu digo que se Jesus tivesse feito faculdade ele teria escolhido um curso de humanas, porque 1+1=2, não é povo de exatas? Hahaha Porém, na obra divina, na lógica de Deus, nos seus mistérios, 1+1=1, porque o homem e a mulher apesar de inteiros são tão complementares dada a sua essência distinta, que são capazes de se tornarem UM através do sacramento do matrimônio. Gente, isso é lindo demais!
Depois dessa aula de matemática integrada com português, melhor do que eu terminar esse texto é deixar que o discurso do nosso Emérito Papa Bento XVI aos participantes no congresso promovido pelo Pontifício conselho para os leigos por ocasião do 20º aniversário da publicação da carta apostólica "MULIERIS DIGNITATEM, termine para nós. De todo coração, leitora, vale muito a pena ler esse discurso na integra, nesse texto colocarei trechos das partes que mais me chamaram a atenção.
“Esta unidade dupla do homem e da mulher baseia-se no fundamento da dignidade de cada pessoa, criada à imagem e semelhança de Deus, que "os criou homem e mulher" (Gn 1, 27), evitando tanto uma uniformidade indistinta e uma igualdade nivelada e depauperada, como uma diferença abismal e conflitual (cf. João Paulo II, Carta às Mulheres, 8). Esta unidade dual traz consigo, inscrita nos corpos e nas almas, a relação com o outro, o amor pelo outro, a comunhão interpessoal indicando "que na criação do homem foi inscrita também uma certa semelhança da comunhão divina" (n. 7). Portanto, quando o homem e a mulher pretendem ser autónomos e totalmente auto-suficientes, correm o risco de permanecer fechados numa auto-realização que considera como conquista de liberdade a superação de cada vínculo natural, social ou religioso, mas que de facto os reduz a uma solidão opressora. Em vista de favorecer e sustentar a promoção real da mulher e do homem, não se pode deixar de ter em conta esta realidade.
Diante de correntes culturais e políticas, que procuram eliminar ou pelo menos ofuscar e confundir, as diferenças sexuais inscritas na natureza humana, considerando-as uma construção cultural, é necessário evocar o desígnio de Deus que criou o ser humano, homem e mulher, com uma unidade e ao mesmo tempo uma diferença originária e complementar. A natureza humana e a dimensão cultural integram-se uma à outra num processo amplo e complexo, que constitui a formação da própria identidade, onde ambas as dimensões, a feminina e a masculina, se correspondem e se completam.
Deus confia à mulher e ao homem, segundo as suas próprias peculiaridades, uma vocação e missão específicas na Igreja e no mundo. Penso aqui na família, comunidade de amor aberto à vida, célula fundamental da sociedade. Nela a mulher e o homem, graças ao dom da maternidade e da paternidade, desempenham em conjunto um papel insubstituível em relação à vida. Desde a sua concepção, os filhos têm o direito de poder contar com o pai e com a mãe, para que cuidem deles e os acompanhem no seu crescimento”
Trecho retirado do DISCURSO DO PAPA BENTO XVI AOS PARTICIPANTES NO CONGRESSO PROMOVIDO PELO PONTIFÍCIO CONSELHO PARA OS LEIGOS POR OCASIÃO DO 20º ANIVERSÁRIO DA PUBLICAÇÃODA CARTA APOSTÓLICA "MULIERIS DIGNITATEM. Sábado, 9 de Fevereiro de 2008 (https://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2008/february/documents/hf_ben-xvi_spe_20080209_donna-uomo.html)
Comments