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Testemunhos - Parte II

  • Jaqueline
  • 23 de set. de 2016
  • 6 min de leitura

Bom dia Cheias de Graça, hoje trago mais um testemunho, desde já agradeço a Grazielle por partilhar conosco um pouco do agir de Deus na sua história, que Deus abençoe infinitamente a sua linda família, que possam ser sempre esse canal da obra de Deus.


A paz! Meu nome é Grazielle, tenho dois filhos, Abner com 4 anos e 8 meses e Agnes com 1 ano e 9 meses. Hoje fui convidada a contar um pouquinho pra vocês sobre a minha escolha de remar contra a maré, ter meus filhos por opção do parto normal, maré desta sociedade moderna que prega a facilidade, a comodidade, não sei explicar, mas grávida, o que mais me preocupava era o bebê e o que mais preocupava as pessoas era o parto. Hoje sinto que foi zelo, porém se não estivesse alicerçada na minha fé, confesso, teria sido aterrorizante e teria cedido. Diante da dúvida busquei conselho com meu médico, sai de lá chocada com a realidade mercenária, o comércio paralelo que existe mesmo tendo convênio ter que pagar para o médico fazer o parto, o modo fugaz de falar sobre as vantagens de se escolher antes, pra na hora não ter surpresas... Se digo que sai de lá chocada, cheguei em casa decidida, não entrarei no padrão, que convém remarei contra a maré. Seria como se eu guardasse minha fé na gaveta e após o parto tirasse de volta, não! Não podia ser assim e não foi.


Guiados de uma espiritualidade muito grande, o dia se aproximava e o medo também rondava. Então no silêncio do sacrário me abri ao Senhor sobre os meus medos: medo de passar o tempo do nascimento e o Abner não nascer; o medo de não ter médicos preparados e por erro médico algo ocorrer; medo humilhante de querer fazer o que Deus me pedia e ouvir dos outros depois: “ E ai? o que adiantou sofrer todas as dores e na hora, ter que ser cesárea, vai sofrer duas vezes!” .E nisso, Deus operou maravilhosamente. Tinha um livrinho da Editora Santuário: Novena do bebê que vai chegar. Guardei-o a gestação toda e não senti vontade de fazer, pois não sabia à hora, e não fizemos, mas num belo dia em casa quando eu estava com 36ª semanas, senti no coração de fazermos. Hoje sei que este foi o momento... Novena, nove dias... No quinto dia da novena, recebi um balde de água fria. Meu obstetra disse que por precaução gostaria de marcar meu parto, por segurança e saúde do Abner, pois não havia dilatação alguma, nem sinal de avanço para parto normal. Seria uma cesárea sem custo, encaixada em seu plantão médico, parecia tudo providencia de Deus. Gelei e disse a ele: “Que seja feita a vontade de Deus então” e dali sai pisando em ovos, reforcei meus momentos de oração, todos os meus medos passaram como um filme diante de mim e com plena fé professei: “Jesus eu confio em vós!” . Ao retornar da missa de domingo minha mãe ligou me convidando para um almoço, verdadeira última ceia rsrsr Minha bolsa se rompeu após o almoço e fomos ao hospital, eu estava muito bem, e soube da notícia, que minha bolsa havia rompido, mas sem dilatação.


Havia um moço que apelidamos de Surfistinha, pois era muito moleque pra ser enfermeiro, sempre atencioso me monitorava e eu pensava “ quando o doutor vai vir falar comigo..” Então quando a enfermeira obstétrica veio dizer que o doutor pediu pra induzir o parto e que em breve o Abner nasceria não me contive e disse que ele nem tinha ido me ver, ela riu e disse: “Passou o dia todo aqui conosco, Oh!!!! Não!!!!! O Surfistinha era o médico. Gelamos, o desespero foi tanto que lembramos que era o ultimo dia da novena e tratamos de fazer. O trabalho de parto seguiu, e tudo fluía bem, até que ele disse que havia um problema, que o Abner estava sendo barrado por uma membrana fina, que não o permitia sair... Gelei, meu medo ai... cesárea ... ou pior ele disse fórceps, em segundos vendo que estávamos aflitos, ele disse que faria de outra forma, abriria espaço com uma das partes do instrumento do fórceps em mim e com a outra mão pegaria o Abner, nunca ouvi isso e foi o que fez, , mas quem estava no comando, eu creio, era Jesus. Não compareci a minha cesárea na quarta, pois Abner nasceu na segunda e meu obstetra também provou da minha fé.


Agora diante disso nem imagina o que ocorreu com a Agnes, nova história, nova oportunidade pra crer e fortalecer a fé, perdi meu plano de saúde três meses antes do nascimento dela, Por ação de Deus a nova empresa do meu marido disse, que se o novo plano não cobrisse o parto, cobriria os gastos, mas um mês antes houve a confirmação da quebra da carência. Em comunhão, com o Corpo Santo de Deus e sua palavra, prossegui, todavia as tribulações que passei nesta gestação me traziam um medo novo. Lembro como hoje, eram umas oito da noite, passei a gestação toda bem de saúde, mas aquele dia tossia muito então tossi na cama às 23:30 e envergonhada nem quis contar pro Anderson, que tinha feito xixi na cama, quando me dei conta.... AGNES iria nascer era a bolsa, e a bolsa que não arrumei... em meia hora coloquei tudo na bolsa, chovia muito. Às 24h30min fomos atendidos, já estava com três dedos de dilatação. Estava tranquila, sem dor, hospital vazio, vazio até demais, e me colocaram num quarto tão pequeno, estranho, não se via outros pacientes nem no corredor. Uma enfermeira obstétrica se apresentou disse que ia me acompanhar era só chamar que viria. Na verdade sentia que estava tão perto da Agnes nascer, logo o Anderson chamou uma enfermeira que estava no corredor e pediu ajuda, a senhora disse que chamaria a responsável, pois ali não era área obstétrica e que não sabia o que fazer, mas chamaria alguém. Imagina minha calma, os medos todos assombrando meu interior e apertamos mais nossa oração, fervorosa, não tem noção de quanto, 1h20m a enfermeira obstétrica voltou e disse que se eu não tivesse calma, seria pior, que iria chamar a médica e já voltava, depois eu soube que parte do hospital estava alagado devido as fortes chuvas e que quatro andares me separavam de onde era a maternidade, por isso essa demora, mas em todo momento Deus estava comigo. As contrações aumentaram tanto que pedi pra buscarem a médica, pois minha bebê estava nascendo, foi quando a enfermeira obstétrica voltou e viu o que eu já tinha sentido, Agnes já estava coroada e era cabeluda rsrsrsr... Naquele momento ela pediu a enfermeira um kit parto, quando entendi que o parto seria feito ali, preferi o centro cirúrgico, por medo, pensei que se precisasse de algum recurso ali, não teria e fui transferida de maca, cheguei ao centro cirúrgico, o pediatra, anestesista, três auxiliares, todos lá e nada?! Ninguém fazia nada?! Pensei agora é só nascer, e nada e Agnes fazia as forças pra sair de mim, era o momento dela nascer. Foi quando me lembro que eu mesma coloquei as pernas na posição necessária e gritei: “Senhor tu que habitas em mim e me tem sob a tua proteção, me ajuda nesta hora, se ninguém se move pra me ajudar, sejas tu o médicos dos médicos, traz a vida minha Agnes, Agnes Deus está conosco, pode nascer filha, se está pronta pode vir, Maria está conosco, vem que o papai entra e te pega no colo pra mim”. Neste instante 1h47min, nasceu Agnes minha preciosidade número 2, de um parto normal, sem anestesia, sem corte, amparada pela médica e toda a equipe que correu pra pegá-la, ao sair sozinha, pois confiou que Deus estava conosco, vencendo com a mamãe todos os medos, foi a melhor experiência da minha vida Deus reservou pra mim aquele momento, momento para fazer uma nova aliança de amor para comigo e me mostrar que o mistério da vida e da morte pertence a Ele e que nada devo temer.


Ufá ! e foi assim, viveria tudo minuto a minuto de novo, esta escolha pra mim favorece o bebê como bibliograficamente é confirmada, mas a família em âmbito espiritual e maturidade do casal diante do sonho de Deus para com a família. Sinto-me valorizada por meu esposo, que esteve comigo, foi a minha voz quando não conseguia rezar, me ensinou a respirar quando me faltou o ar e o companheiro que compartilha comigo todas as decisões e todas as situações nos reafirma nosso amor, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até a morte nos separe.


Fiquem com Deus, que um dia minha fé possa ser reavivada com seu testemunho de confiança em Deus também, que Nossa Senhora do Bom Parto, rogue por nós a Deus, Amém...




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