Pera aí!
- Thais
- 11 de set. de 2016
- 4 min de leitura

Oi, cheia de graça! 6:00h da manhã, nesse friozinho, escrevo a você, eu não sei se já disse, mas o blog é uma ação de Deus na minha vida, esse tema foi um presente e um desafio de Deus para mim. Desde o começo do ano passado Deus queria que eu refletisse na minha essência e no decorrer do ano foi me apresentando vários pontos, me mostrando o quanto estava afastada da minha essência feminina, da mulher segundo o seu coração, da própria Thaís. Essa história do porque foi me confiado a missão desse tema ainda contarei a vocês aqui.
Ocorre que, o ser mulher de Deus é uma luta diária e hoje eu vejo o quanto Deus ainda tem que modificar aqui, o quanto eu ainda preciso lutar para ser essa mulher, porém hoje enxergo isso. De verdade, eu achava que estava indo super bem nesse quesito, que já havia entendido totalmente o meu ser e que estava vivendo tudo certinho, mas é assim, quando pensamos que já estamos caminhando bem, que Deus, misericórdia, nos faz cair do cavalo mais uma vez, para que no chão, de outro ângulo, enxerguemos que “opa, tem muito ainda o que Deus mudar”, e nesse momento ele nos entende a mão e nos chama a novamente aprender a caminhar, como se fossemos crianças, isso também para nunca nos esquecermos de que só conseguiremos se for assim, de mãos dadas com ele.
E leitora, eu cai do cavalo mais uma vez. Enquanto achava que já havia me libertado das correntes feministas, Deus me mostrou que não, que ainda existem pontos que eu precisava ser curada.
Você já deve estar sabendo né, noivei amigaaaaa! Hahaha - os pormenores contarei num post exclusivo dada a importância do acontecimento – eu e meu noivo (chique haha) já estamos vendo as coisas para o casório e tals, já temos até onde morar, com a graça de Deus conseguimos adquirir um apê, o qual consome boa parte do nosso dinheiro.
Enquanto fazia estágio sempre ajudei o Digo nas contas do apartamento (óbvio que em uma parcela bem menor, afinal é estágio, cê sabe haha), e era feliz com isso. Acontece que por causa da prova da OAB decidi parar de trabalhar e me dedicar exclusivamente aos estudos e o Digo assumiu todas as contas sozinho. Mano! Isso me incomodou, o fato de vê-lo sofrendo ao assumir todas as contas, pagando tudo sozinho e eu parada “sem fazer nada”, me incomodou muito, tipo muuuuito!
E eu por todo esse tempo, desde o começo do ano até agorinha antes de arrumar um Job (thanks God!), não tive a coragem de perguntar a ele como estavam as contas, os valores das parcelas, se estava pesado pra ele, como ele estava se sentindo e etc.., por puro medo da resposta e daí me sentir envergonhada, fracassada por não ter condições financeiras de ajudá-lo. Ou seja, por uns seis meses - olha o absurdo - eu não consegui tocar nesse assunto com ele, porque eu me sentia muito mal com a situação.

Detalhe, o Digo nunca me cobrou de nada, sempre inclusive me apoiou nessa minha decisão, me deu forças, assumindo toda a responsa como um homem mesmo, sem nunca sequer reclamar e me jogar na cara, era eu mesma que me cobrava.
E Deus, um desses aí, me mostrou “Olha aí, Tha, você ainda tem um pouco de feminista dentro de si, vamos trabalhar nisso?” E leitora, como isso é difícil para mim, como é difícil deixar Deus curar essa ferida, como me senti todo esse tempo incapaz só porque não conseguia o ajudar.
Deus me fez perceber que havia muito ainda para ser curado em mim, muito do feminismo da nossa geração enrustido em meu ser, o qual prega que nós devemos buscar a independência em todos os aspectos do homem, que não podemos depender dele, e mais, Deus me fez ver que dessa forma afastamos o homem da sua essência também, de líder da casa, provedor do lar.
Nós, mulheres, os desmasculinizamos, queremos nós ser as cabeças da família, os filhos crescem vendo os pais com os papéis invertidos, nós amedrontamos o homem de modo que ele não consegue mais ser o que é e ainda depois reclamamos em voz alta que os homens de hoje em dia não são mais homens.
Ou seja, no fundo queremos um homem que seja homem, contudo não nos permitimos ser protegidas, amparadas, mesmo financeiramente, por não entender que isto é parte da missão do homem, queremos toma-la dele, dividir com ele essa responsabilidade, pois do contrário nos sentiremos incapazes, fracassadas por dependermos dele. Mas não é assim, leitora.
Deus está me mostrando que meu papel não é prover, não está na minha essência a missão de sustentar a casa, que não é essa a ajuda necessária para o homem que eu devo ser, que não foi para esse propósito que ele me criou, que posso até ajudar o Digo financeiramente, mas que não é essa a minha missão e portanto, não tenho que me martirizar se não conseguir ajudá-lo, que primeiramente eu preciso ser colo, seu socorro, afago, carinho, ternura, o lar do Rodrigo, o onde e o quem que sempre estará ali para ele, para dizer no final daquele dia estressante: “Calma, vem aqui, deita aqui, me conta”, com todo o amor que tenho e por natureza sei dar.
Preciso e rezo que Deus cure mais esse traço feminista que existe em mim, quero ser livre, quero ser uma mulher livre, quero ser uma mulher totalmente de Deus. Peço a você cheia de graça que reflita, estou sendo socorro para meus irmãos? O que ainda tem em mim que precisa ser curado? Tenho certeza que da mesma maneira que Deus me respondeu ele também te responderá, não caia no mesmo erro que eu, de achar que está tudo maravilhosamente bem. Peça o socorro de Deus, pois só assim será socorro para alguém.
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