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Maternidade, do gerar ao dar a vida - Parte II

  • Jaqueline
  • 19 de ago. de 2016
  • 3 min de leitura



Pode ser que até estejamos esperando, sonhando e planejando, mais nada nos prepara para pegar o resultado positivo do teste de gravidez, por mais sonhado e planejado que seja esse bebê nesse momento o chão some, parece que o tempo para e não dá para se descrever o que acontece conosco nesse instante, milhões de sentimentos nos invade, uma mistura de alegria e medo, a insegurança bate, a partir desse momento cai a ficha, e agora como vai ser, dentro de mim habita outro ser, será que vou dar conta, e aí como será?


Os nove meses em que antecede a chegada do bebê é um tempo de espera e reconhecimento, espera pelo novo que vai chegar, e reconhecimento daquilo que a mulher é e é capaz de ser e fazer, é uma preparação e descoberta do ser mãe, hoje em dia infelizmente nós mulheres perdemos o foco do que é realmente ser mulher, antigamente toda mulher sonhava em ser mãe, hoje em dia já não é mais assim, a sociedade tem nos cobrado um preço muito alto pela maternidade, e a cada dia que passa as jovens e adolescente perdem o encanto pela maternidade e pelo gerar uma nova vida, se enfatiza tanto uma faculdade, uma carreira sólida como se o único fator importante da vida de uma mulher é o que ela faz, os diplomas dos cursos que concluiu, os países que visitou, as línguas que fala, muito mais que a quantidade de filhos que ela cuidou e educou, ser mãe em muitos locais é visto como algo “sem importância” não sei se você já passou por isso, mais eu já, quando me perguntam o que você faz, eu respondo sou mãe, aí te dizem, mais só isso? Você não faz mais nada? Como se ser mãe é não fazer nada, não tem valor, por isso em muitos casos a mulher não deseja ou adia a gravidez, e quando a mulher engravida torna isso mais um evento social, como se fosse mais uma formatura concluída, mais um dos tantos diplomas que recebeu, agora é só mais um diploma, o de mãe, e o que era para ser natural, esperado, ansiado e sagrado torna mais um compromisso em sua agenda que muitas vezes tem até hora e dia certo para acontecer.


Mesmo querendo controlar tudo, muito ainda não pode ser controlado, e nem deverá ser, e esses nove meses de espera vem nos ensinar isso, a esperar, a confiar, nos ensinar a amar mesmo não conhecendo, não vendo e não tocando, nos ensina que o amor vai muito além daquilo que podemos escolher e querer, amor é se doar inteira, doar o seu corpo, suas energias, seu conforto e até suas vontades para que o outro seja capaz de viver, nesse mistério do gerar a vida podemos experimentar um pouquinho do amor redentor de Cristo por nós, amor esse que se deu por inteiro, suas forças, sua vida e se fez alimento para nós, que não busca perfeição, que só se ama, a cada dia que nos abrimos a vida nós mulheres permitimos que através de nós toda a humanidade de novo vivencie um pouco desse amor redentor aqui na terra. Cada mulher é única e cada bebê também, por isso cada uma tem a sua maneira de viver e esperar o grande dia chegar, o importante é ter a certeza que tudo vem de Deus e pra Deus deve voltar, e que por mais que esteja em você, dentro de você esse bebê é outro ser e já precisa ser respeitado em suas individualidades, e não cabe a nós mesmo sendo mãe optar querendo controlar tudo, por isso relaxe, curta os enjôos, mate os desejos, coma chocolate, não passe vontade, nem ligue para as estrias, durma á vontade, não se apresse em saber se é menino ou menina, que diferença vai fazer, sejas o que for é presente de Deus pra você, cante pra ele, diga o quanto esta contente, faça-o se sentir amado, reze com ele, e quando te falares o importante é ser perfeito e vir com saúde diga que o importante pra você é ele saber que mesmo que pudesse escolher ainda assim você o escolheria.


Viva a alegria de cada momento, celebre essa vida, não espere passar os três primeiros meses para contar, escolha os padrinhos para juntos celebrar, não importa quanto tempo dure essa gestação, é uma vida, é um filho seu, precisa se sentir amado independente do tempo em que aqui conosco Deus concedeu, não se preocupe com o material, quartinho, chá de bebê ou enxoval, assim que ele nascer o mais importante é se sentir amado por você, Jesus o Rei dos reis, pequeno se fez, nasceu em uma manjedoura junto com os animais, sem roupa e sem berço, mais ao abrir os olhinhos pode se sentir querido e amado no colo de seus pais.


Até mais.

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