“Sou capaz de amar!”

Sexualidade, palavra que muitas vezes nos remete a séries de pensamentos e conclusões muitas vezes equivocados ou específicos demais. Tenho certeza que você deve conhecer alguém que já deu aquela famosa risadinha de canto boca quando ouviu falar em sexualidade, como por exemplo, os meninos do nossa sala no fundamental ou ensino médio, que se animavam com qualquer palavra que começasse com ‘sex’ nas aulas de biologia. Muito embora uma palavra remeta a outra, sexualidade não se trata apenas de sexo, nem possui o caráter apenas biológico, físico, corporal, a sexualidade exprime nosso ser por inteiro. Portanto, sem crises com a palavra, vamos tratar nesse texto sobre nossa sexualidade feminina, mas primeiramente nos cabe a compreensão do que é sexualidade.

Sexualidade, segundo o catecismo da igreja católica, §2332,afeta todos os aspectos da pessoa humana, em sua unidade de corpo e alma, ou seja, compõe as características próprias do ser homem e do ser mulher presentes em seu próprio corpo, como as características físicas, psicológicas, emocionais, da personalidade e também da genitalidade masculinas e femininas. É interessante notar, que o homem e a mulher possuem um modo distintivo de ser, de se manifestar, de se comunicar, de perceber as coisas, de sentir, de se expressar, de viver e conviver, definidos em sua própria sexualidade e que todas essas características,na medida em que diferenciam os gêneros, ao mesmo tempo, os complementam.Essa complementariedade ainda será tratada aqui nos próximos textos, dada a relevância para uma melhor compreensão do que é o ser mulher.

A sexualidade é expressa com o simples modo de ser, nós mulheres, por exemplo, propagamos nossa sexualidade no nosso modo de sorrir, na maneira de nos expressar, de sentir, no jeito com quenos comunicamos com os outros,espalhamos nossa ternura, com um simples toque, no nosso modo de nos vestir, agir diante do sexo oposto e principalmente na nossa singular capacidade de amar. A sexualidade em si, em especial a feminina, é a expressão do nosso modo de amar.

Introduzo, hoje,o conceito de sexualidade, primeiramente porque vamos tratar também no decorrer dos textos sobre a castidade, o que torna o entendimento da nossa sexualidade imprescindível para o nosso avanço, mas também escolhi abordar esse assunto, leitora, pois vivemos hoje em meio uma revolução sexual, a qual prega que nossa sexualidade tem que ser vivida da maneira que quisermos, da forma mais prazerosa que encontrarmos, o que tem causado cada dia mais, por mais que a mídia tente esconder, a deformação do ser humano, a ponto, por exemplo, de vermos sendo aos poucos implantado em nosso país, mesmo que ainda clandestinamente, a‘teoria de gênero’, a qual levou até nosso Papa Francisco a questionar em uma de suas catequeses,se dada expressão não se tratava de uma frustração, com a finalidade de cancelar a diferença sexual por não saber mais como lidar com ela, ou seja, já que não sabemos lidar com as diferenças entre os sexos, segundo essa teoria,é melhor que se acabe com eles, deixando que cada um livremente escolha seu gênero. Nosso Pontífice, todavia, na mesma ocasião,advertiu que “a remoção da diferença é o problema, e não a solução.”.

Tudo isso é resultado de uma geração de pessoas carentes, imaturas em sua sexualidade e que ainda não encontraram sentido na vida, muito menos a verdade clareada quando se está junto a Deus.

Mulher, eis a parte do texto que gostaria de ressaltar, é através de nosso gênero ou sexualidade que nós, como seres humanos, podemos de fato amar como Deus ama. Deus nos dá essa capacidade de amar através da nossa sexualidade. Daí a importância de nos conhecer, conhecer nossa missão, vocação, conhecer nossa essência, nosso ser mulher, para que possamos viver uma sexualidade regrada em Deus e assim, amar, nos dar, a todos aqueles que precisam de um socorro, de um auxílio.

Rezemos juntas, minha irmã: Meu Deus, é com alegria que o agradeço por me ter feito Mulher, com todas minhas peculiaridades. Ajude-me, meu pai, com a minha sexualidade, que eu possa volta-la sempre para ti, que eu possa com ela ser capaz de amar, verdadeiramente, meu próximo e mostrar assim, a sua verdade e beleza. Amém.

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