Nós 5!
- Fabiana
- 2 de jun. de 2016
- 5 min de leitura
Éramos casados a 3 anos, quando eu e meu esposo resolvemos engravidar, e com a graça de Deus, logo após parar com o remédio (pílula anti contraceptiva - pílula esta que já estava me fazendo muito mal), em torno de 9 meses, engravidei. Porém, quando estava de 6 semanas de gestação, tive um aborto espontâneo e perdemos nosso bebê. Tivemos que esperar uns 6 meses para uma nova tentativa de engravidar...
Eu trabalhava fora, porém, quando Deus faz Ele faz por completo...foi quando novamente Deus me permitiu a graça de gerar e dar a vida ao nosso primeiro filho. Aí então, decidi me dedicar inteiramente a ele e parei de trabalhar.
Tudo era perfeito, bebê lindo, muito calmo. Não teve cólicas, dormia bem, eu amamentava no peito e complementava com a mamadeira, pois nunca tive muito leite e o primeiro é sempre uma dificuldade maior para se conseguir fazer tudo, por ser tudo novo. Era tudo um paraíso, as vezes um estressezinho...rsrsrs...

A cada dorzinha, cada febre, cada tosse era uma preocupação, e então era uma ida ao hospital, uma ligação ao pediatra.
Nosso bebê começou a falar mais cedo do que andar...não desobedecia, uma vez que falássemos que não ele já entendia e não fazia mais...nunca precisamos tirar nada do lugar com medo de que se mexesse, certamente se machucasse. Passava horas e horas brincando sozinho, sempre foi bem independente. Como começo tudo era muito gostoso, quando me sentia sozinha com ele íamos passear, visitando a família, íamos aos shopping...e foi assim durante um tempo.
Como sempre fizemos parte da Comunidade e já tínhamos uma boa caminhada na igreja, sentimos a necessidade e vontade de começar a fazer o MOB (Método de Ovulação Billings).
Quando o Luiz Guilherme tinha 3 anos, ainda fazendo o MOB (onde de lá pra cá nunca mais paramos de fazer), resolvemos deixar a vontade de Deus falar mais alto em nós e então nos abrimos para que Ele mandasse um irmãozinho pra ele. Sabia por experiência própria que ter um irmãozinho ou irmãzinha seria a melhor coisa do mundo e eu queria isso para o meu pequenino. Não demorou muito e engravidei do meu segundo filho: Daniel. E foi uma segunda alegria...o irmão mais velho estava contente, não sentia ciúme, para ele, ver a barriga da mamãe crescer era super divertido e ele sempre foi muito carinhoso...o pai feliz da vida, a mãe cheia de força e segurança para tomar conta dos dois…até chorarem ao mesmo tempo. QUAL ACALMO PRIMEIRO?

Com o tempo aprendi a acalmar os dois, cantando e fazendo mimo aos dois. Pegando os dois ao colo ao mesmo tempo. Era difícil dividir a atenção mas conseguia brincar com o mais velho e o bebê deitado no chão ao nosso lado, ou dormindo no seu bercinho...
Minha sogra e minha mãe sempre me ajudaram demais...tive sempre o apoio delas...largavam tudo quando preciso e ficavam em casa o tempo que precisasse.
E meu marido, nem preciso falar. Simplesmente o melhor de todos. Sempre me apoiou em tudo, levantava de madrugada, fazia a mamadeira, trocava...em tudo me ajudou e ajuda até hoje.
Uma coisa eu tenho a certeza, uma criança que nasce e já tem um irmão um pouco mais velho é sem dúvida beneficiada quanto a estímulos. Passamos a querer que faça o que o mais velho faz e ele fica bem mais adiantado para a idade. Mas com moderação.
Nosso segundo filho é mais nervosinho, mais peralta, mais elétrico... mas não por isso o tratamos diferente... o que é feito e falado pra um pro outro também é.
Eu e meu marido sempre fomos muito exigentes quanto ao comportamento. O não é não mesmo. Quando um coloca de castigo o outro atua como o polícia bom, dizemos que a mamãe ou o papai tem razão e que deve ir pedir desculpa, nunca desautorizando o outro, mas conversando. Eu sei que quando é o pai que castiga parece sempre demasiado mas acreditem, não é, é bom e nunca deve ser questionado em frente aos filhos.
Quando vamos a supermercados ou lojas por exemplo, não temos que aturar birras e todos os pais não devem aturar. Depende unicamente do seu comportamento. Imaginem que vos pedem algo, primeiro pensem bem antes de dar uma resposta, por vezes pode ser sim por vezes pode ser não. Quando é não tem que ser não mesmo, pois se ao fim de uma birra o não passa a ser sim, o que ensinamos foi: não + birra = sim, se o não for mesmo não até ao fim será: não + birra = não.
Na nossa casa não se berra, não se grita, conversamos. Eu e o meu marido detestamos discussões e foi isso que ensinamos aos nossos filhos, conversem, não ofendam, não magoem, não gritem, não xinguem.
É uma delícia ver os dois a brincar, aprender a partilhar. E assim, vão crescendo como verdadeiros amigos, mesmo sendo muito diferentes são duas metades que se complementam.
Como se não bastasse, Deus na sua infinita bondade e misericórdia, me fez engravidar novamente quando o Daniel tinha apenas 3 meses. E então nasceu a Maria Clara.Foi um BOOMMMM...tudo parecia desmoronar...minha vida parecia que ia acabar...estava arrasada...só chorava. Minha preocupação era: como vou conseguir cuidar bem do Dani, que ainda é tão pequenino e precisa tanto da minha atenção tendo um bebê recém-nascido???
Mas Deus apenas me agraciou mais uma vez e resolveu antecipar beeeemmmmm...rsrsrs... o sonho do meu coração, que era ter uma menininha. Qual mãe, não gostaria de ter uma companheirinha??? Para cuidar que nem boneca, comprar lacinhos de cabelo, vestidinhos cheios de frufru, sapatinhos...enfim...nasceu Maria Clara.

Com o terceiro filho já não corremos atrás do médico a todo instante. Se chora, as primeiras coisas a ver são: será que está com frio, será que é fome? Mexe muito as pernas: são cólicas. Barriga do bebê na nossa coxa, deixa de bruços, balança um pouco encolhendo as perninhas e tudo se resolve. Mama demais e não arrota, deita de ladinho e tá tudo certo. É bem mais fácil quando fica com febre. Sem sintomas esperar os três dias e pensar: é febre de virose. Senão, levar ao pronto socorro para ver o que é ou muitas das vezes ligar direto ao pediatra. Remédio de 6 em 6 ou 8 em 8 horas, alternando o tipo...enfim, já sabemos “quase” tudo!
Aqui em casa os papéis se inverteram...não que a Maria não seja paparicada, ela é, por nós e pelos meninos, de bastante, mas a nossa atenção maior se deu para o Dani. Ele também é um bebê ainda. No começo as atenções eram todas pra ela, aí ele ficou mais manhoso, dengoso...e de certo modo mais apegado com o papai do que comigo. E com o Gui sem comentários, ele é o meu menino querido!
Ser mãe de 3 não é tão difícil assim...dá um certo trabalho, claro...mas é até mesmo engraçado...divertido. Vivemos os 5 numa aventura...rs...!!!
Nos unimos mais, conversamos mais, as vezes deixamos eles escolherem as coisas, mas sempre fazendo-os ver que a responsabilidade da escolha é nossa. Somos felizes!!!

Não exigimos que eles sejam pessoas perfeitas, e nem queremos. Nós nos esforçamos para lhes dar e ensinar o melhor e o que esteja ao nosso alcance. Temos um modo de viver no dia-a-dia ensinando-os que tem hora pra tudo. Seja para brincar (principalmente no celular, que eles adoram), seja para parar para o nosso momento de rezarmos juntos, para estudar, para agradecer pelo alimento, pelo brinquedo, pelos amiguinhos...enfim...e acima de tudo a nos respeitarmos e nos amarmos, ensinando-os nos caminhos em que devem andar. Mostrando que sem Jesus nada é possível! Que sem o nosso Papai do Céu, não somos nada! Para que quando crescerem continuem persistentes no amor de Deus!
Fabiana
Mãe do Luiz Guilherme (5 anos) Daniel (2 anos) Maria Clara (1 ano)
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